Automóveis são modificados para não quebrar unha nem desfiar meia-calça
As mulheres já dominam o mundo. Pelo menos o do automóvel. Estatísticas dos principais fabricantes brasileiros indicam que elas preenchem o cheque em 40% das compras de carros novos. Em alguns casos, como no do Citroën C3, esse índice aumenta para 58%. A influência do público feminino na decisão de compra então é ainda maior: entre 80% e 90%. Impossível ignorar esses dados.
"O que se observa é um aumento no poder de compra na medida em que a mulher entrou mais no mercado de trabalho. Curioso é notar o processo como a compra ocorre. Enquanto o homem adquire um veículo por experiência prévia, elas sempre compram por recomendação de terceiros", afirma Isela Costantini, diretora-geral de planejamento de produto e pesquisa de mercado da General Motors.
Salta aos olhos a maneira diferenciada como a mulher se relaciona com o automóvel. Enquanto o homem enxerga o lado "carrão", destacando potência, ronco do motor, rodas de liga leve e outros detalhes que remetem mais ao exterior do veículo, alguma das mulheres também se preocupam com o fato de ser "carrão", mas olham fatores funcionais e objetivos, como consumo de combustível e facilidades internas, como boa quantidade de porta-objetos ou a presença de luz no espelho do pára-sol.
"A mulher compra o carro de dentro para fora. O Fox é o campeão entre as mulheres devido à posição alta de dirigir e os muitos porta-objetos, além do espaço interno. Isso está relacionado ao perfil feminino, que busca mais conforto no momento de escolher um modelo", diz Marcelo Olival, gerente de propaganda e marketing da Volkswagen. Segundo ele, o percentual de mulheres que adquirem o Fox chega a 48% (oito pontos percentuais acima da média).
Nenhum comentário:
Postar um comentário